O 2º Encontro Regional de Saúde Mental, na sexta-feira, 23, no centro de múltiplo uso de Marmeleiro, reuniu autoridades, profissionais de saúde da região de Francisco Beltrão e pessoas que estão em tratamento. O encontro teve palestras, discussões com os palestrantes e troca de experiências.
A solenidade de abertura contou com as presenças do prefeito Luiz Bandeira (PP), da diretora administrativa da Associação Regional de Saúde do Sudoeste (ARSS/CRE), Roseli Newton, do vice-prefeito Ivanir Pilatti (PMDB), entre outras lideranças políticas e da saúde.
Após os discursos, aconteceram apresentações de pessoas do Centro de Atenção Psicossocial (Caps 1) "Elo de Vida" e Caps AD3 Regional, duas palestras e mesa redonda. A assistente social e coordenadora do Caps I, de Prudentópolis, Vanderleia Schinemann, proferiu palestra sobre a atenção social na Rede de Atenção Psicossocial (Raps). A psicóloga Anna Luiza Monteiro de Barros expôs o projeto de geração de renda "O Bar Bibitantã", do Caps III Itaim Bibi, de São Paulo, que é desenvolvido há nove anos. Este projeto trabalha a geração de renda e economia solidária e saúde mental.
A psicóloga Priscila Evelyn de Figueiredo, do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf), da organização do evento, informou que está em discussão a reforma psiquiátrica no Brasil. Estão em debate também projetos de geração de trabalho e renda dentro da perspectiva da economia solidária.
Após as palestras, Anna Luiza e Vanderleia participaram de mesa redonda com os profissionais de saúde que compareceram ao seminário. Houve uma mesa redonda para interagir sobre os projetos desenvolvidos em São Paulo e Prudentópolis. A perspectiva é de que estes projetos e as ideias discutidas em Marmeleiro possam servir de base para a implantação de novas propostas nos municípios.
"Quando a gente pensa no campo do trabalho, que é parte essencial da vida em relação às pessoas que estão em sofrimento psíquico, elas acabam ficando marginalizadas no mercado formal", argumenta a psicóloga Priscila. Nas discussões da reforma psiquiátrica, está se pensando na inclusão social pela economia solidária que coincide com os princípios da luta antimaniconial e da própria reforma psiquiátrica, que propiciam relações horizontais. Estas propostas devem garantir às pessoas a cooperação, as trocas, parcerias e o diálogo.
Priscila diz que deve-se pensar a inserção da pessoa em sofrimento psíquico e de usuários de álcool e drogas dentro da economia solidária.
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